Deste castelo ficamos do lado de fora... o barqueiro estava ausente e o Tejo levava muita corrente! A primavera este ano está repleta de surpresas... o dia esteve geralmente vestido de tons cinza e alguns pingos bem grossos foram servidos à hora do almoço pouco antes de chegar a Torres Novas. De resto a temperatura esteve agradável para vencer os 130 Kms deste percurso com 2700ac. Não é todos os dias que se começa uma viagem de BTT em Porto de Nós perto da nascente do rio Lena para ir visitar os grande rio da Ibéria - O Tejo. Esta foi a proposta vinda não sei muito bem de onde, mas com todo o gosto lá fomos, À CONQUISTA DO CASTELO DO ALMOROL.. Por vezes mais valem imagens ao texto, por isso aqui ficam algumas das nossas fotos! Por norma as coisas nunca de repetem, mas esta volta merece ser feita novamente. Para além da envolvente ao Castelo do Almorol, há um património cultural e paisagístico que merece ser visitado, mesmo! Ficam para não esquecer o PNSAC onde visitamos a serra de Santos António e Serra de Aire, na Barquinha com a simpática Dn Julieta e sua nespereira coberta a crochet e mais perto do Almorol a caprichosa Tancos à beira Tejo...
0 Comentários
Foi um dia de Primavera cheio de cores e temperaturas de Inverno. Por sorte os borrifos só marcaram presença nos kms finais, mas em nada estragaram este dia... São 5 castelos que servem de mote a este já clássico desafio dos nossos amigos de Soure. Com cerca de 100 kms, a proposta passa por um sobe e desde às imponentes paredes calcárias da serra do Sicó e visita aos férteis vales dos rios Arunca e Anços. Por ser mais perto da Marinha Grande, optamos por iniciar a nossa jornada na cidade de Pombal onde encontramos o primeiro dos castelos propostos. Desvantagem... não há tempo de aquecer e os primeiros kms são sempre a subir, em compensação a recta final entre Soure e Pombal são feitos num quase plano a um ritmo necessariamente mais rolante. A serra do Sicó... não é muito diferente daquelas que ficam mais perto das terras do Liz e do Lena... a pedra é igualmente calcária e isso é garantia de dificuldade sempre que entramos em trilhos mais técnicos. As subidas são como as de qualquer lugar... a subir! :) Mas vamos aos castelos. O primeiro de todos foi o elegantíssimo património da cidade de Pombal que obedece às linhas arquitetônicas características dos templários. Este já tinha sido alvo de algumas incursões recentes desde a Marinha Grande, mas daqui para a frente quase tudo nos foi novo. À saída Aldeia do Vale em direção Santiago da Guarda enfrentamos a primeira grande parede da vertente sul da serra do Sicó, para logo sermos recompensados por um belo conjunto de singles serpenteando e descendo a encosta... Santiago da Guarda... na verdade não é um castelo mais sim um solar dos Condes de Castelo Melhor. A meio do percurso fica Penela com o seu magnifico castelo que fazia parte da linha defensiva do rio Mondego, mandado construir pelo el Rei D. Dinis no ano de 1300. Pouco depois vem o castelo de Germanelo que também fazia parte de mesma linha defensiva. No alto da monte de quase 400 metros, do castelo pouco sobrou, apenas uma pequena secção de muralha com 18 ameias marca testemunho... mas a subida vale por muitos aspectos e um deles é a deslumbrante vista de todo o vale do Rabaçal e o morro da Lomba a sul - Magnifico! Sicó, serra, rebanhos e queijos, está visto... alguns chegaram à capital do vidro... Sempre serra... e mais uma paragem no miradouro da alto da Senhora de Estrela com uma bela vista para poente onde nos dias mais claros facilmente se avistam o Atlântico, a Figueira da Foz e Serra da Boa Viagem. No fundo desta encosta a pequena aldeia dos Poios parece já estar habituada a conviver com os chamados desportistas radicais... uns vêm com pesadas mochilas a abarrotar com cordas, expressos, baudrieres e saquinhos de magnésio para a ponta dos dedos e ficam horas a fio por um fio pendurados nas paredes de pedra. Outros surgem vindos de sei lá de onde, com ar mais ou menos alucinados e vestidos de roupa chapadamente justa; vem montados em leves cavalos de alumínio ou carvão e seguem encosta abaixo por trilhos que os rebanhos locais já se esqueceram que existem.... e no bolso da camisola a bananinha carregadinha de magnésio... outros há que vem de sapatilhas, roupa chapadamente justa, lencinho na cabeça e umas granadas cheias de água presas à cintura... e também deve haver magnésio na equação... como é que é possível a habituação destas pacatas gentes a estes citadinos!?.. São fantásticos os trilhos que descem este sector da serra em direção a Soure, são muitos bons mesmo. Muito técnicos, com lama no dias de menos sol, com um milhar de pequenas árvores para fintar, com pedras para saltar e contornar. Diria que justificam uma viagem só para serem percorridos... Soure! O seu castelo é perfeitamente singular porque foi construido no zona de aluviões, local de encontro do rios Arunca e Anços. O Arunca era navegável até este ponto e por isso havia por isso a necessidade controlar e proteger o local de embarque dos produtos locais e daí a razão da sua construção. No regresso a Pombal são feitos ainda alguns kms beira rio em estradões e asfalto ao lado de linha do norte, de todo o percurso é a parte compreensivelmente menos interessante. Às gentes do vale de Soure que organizou este evento. Obrigado! Às gentes da serra que fazem os queijos maravilhosos. Obrigado! A todos os outros que toleram a nossa breve presença nas suas serras e nos seus vales. Um especial obrigado! |
Autores do Blogue
Tó-zé Arquivo
Outubro 2019
|