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P39 - Esperança/Peniche

3/5/2015

1 Comentário

 
Segunda travessia de acordo com o conceito do Paralelo39 que contou com a participação de António Alves, Nando Pires, Rui Pedro e Rui Simões.

Foram 350 Kms
efetuados em regime de autonomia, divididos por três dias percorrendo os distritos de Portalegre, Santarém, Lisboa e Leiria, num total de 19h18m de tempo de viagem com uma deslocação média de 18.1Kms/h, sem incidentes ou avarias dignas de registo.

Agradecimento à Simoclima pela logística disponibilizada
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Traçado Geral do Paralelo 39 - Edição 2015 Esperança/Peniche


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Dia 1 - Esperança (Lapa dos Gaivões) - Avis
Distância:
117.56 km            Duração: 5h:46m:59s     Vel. Média:  20.3 km/h
Vel. Máxima: 60.5 km/h       Ascendente: 1606m       Descendente: 1779m

A travessia teve início no concelho raiano de de Arronches, no extremo sul do Parque Natural da Serra de São Mamede (PNSSM)

Para além dos kms desde a fronteira Hispano-Portuguesa até ao Atlântico, procuramos fazer também uma viagem ao nosso passado e nada melhor que iniciar na falésia da Lapa dos Gaivões perto da Localidade de Esperança, onde se encontram pinturas rupestres representativas de uma cena pastorícia e datadas do terceiro milénio Antes de Cristo.

Daí partimos em direção a Avis, destino final para o nosso primeiro dia. Passamos pela aldeia de El/O Marco, assim de chama pois divide-se pelos dois países, um pouco mais à frente Mosteiros, Alegrete, Urra até chegarmos a decrépita estação de Portalegre... ainda funciona é certo, mas parte o coração ver o estado de abandono das estruturas circundantes.

Aqui começaram os longos kms em estradões do Alto Alentejo.  Descida a serra de São Mamede o cenário muda de imediato... menos verde, menos vinhas, menos pedra, menos zonas habitadas... mas é a mesma tranquilidade! São planícies a perder de vista, rendilhadas pelas cercas das diversas herdades por onde vamos passando. Algumas albergam com um número considerável de cabeças gado bovino e outras varas de porco preto... no horizonte sobressaem os cabeços de Alter Pedroso e Cabeço de Vide, vivalma mesmo só à chegada da elegante vila de Alter do Chão.
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Foi no Largo a Fontinha, bem ao lado do lindo castelo e emblemático chafariz desta galharda vila Alentejana que paramos para o abastecimento. Umas bifanas e refresco de cevada reconfortaram e refrescaram o momento, dando-nos coragem para o resto da jornada! A caminho de Avis parámos na bela e muito bem conservada ponte romana da ribeira de Seda, subimos ao miradouro na localidade com o mesmo nome e depois rumamos a Benavila situada na margem da barragem do Maranhão!

São surpreendentes os olivais que circundam esta aldeia, quer pela extensão e área, bem como pela "forma". A colheita mecanizada altera o aspeto do tradicional olival... as  árvores são mais pequenas e estão rigorosamente alinhadas e de curta distância entre elas.

De Ervedal em direção a Avis mais olivais e mais montado... tipicamente Alentejo...
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Dia 2 - Avis - Azambuja
Distância: 130.59 km            Duração: 7h:04m:23s     Vel. Média:  18.5 km/h
Vel. Máxima: 48.1 km/h       Ascendente: 1477m       Descendente: 1611 m
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O dia surpresa!!! Aquela que parecia ser a jornada mais fácil porque tinha o acumulado menor, não o foi...

Saímos de Avis  rumo a Montargil e por entre as barragens do Maranhão e Montargil passamos por incríveis paisagens de montado... um mar de sobreiros absolutamente fantástico, ao ponto de desejarmos que assim fosse até ao resto da nossa jornada, tal não era o conforto que sentíamos ao progredir com a proteção daquelas sombras.

Até chegarmos à linda Aldeia Velha ainda houve necessidade de improvisar. Nestas coisas há sempre uma cancela ou outra sem possibilidade de ser aberta o que obriga a contornar a propriedade vedada.  Seguimos depois em direção à  Nossa Sra da Rabaça, Sanguinheira e daqui até a barragem de Montargil começaram as primeiras dificuldades no terreno. Uma outra picada mais forte a obrigar a desmontar da bicicleta, ribeiras a para refrigerar o pezinho, uma ou outra língua de areia nalgumas secções do traçado, mas nada muito grave...

Desde a barragem de Montagil até ao Couço o traçado foi feito em alcatrão. Foram cerca de 15kms para evitar zonas mais duvidosas na margem esquerda da ribeira do Sôr e foi no Couço que paramos para almoçar!... o tradicional! ;)

Complicou-se! A saída do fértil vale da ribeira de Sôr fez-se notar numa lenta subida de 15 kms num estradão novo e de piso relativamente firme, mas nos pontos baixos acumulava muito areão característico do tuvenan complicando significativamente a progressão. Mais, depois do almoço e com o calor a apertar com o sol a bater direto nas costas, a coisa não foi fácil!...



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Chegada a São José da Lamarosa em Coruche, antiga vila de gente simples muito simpática e disponível. O ar aqui já cheira diferente... é impressionante o quão vincadas são as regiões nesta zona do território. O montado prevalece, mas os vales e o casario já mostram características ribatejanas.

Rapidamente chegamos às terras férteis da Salvaterra de Magos no vale do Tejo.  A passagem do imponente rio foi feita na Ponte Rainha Dona Amélia perto de Muge. Meteu respeito fazer aquilo de bicicleta porque estava um final de tarde particularmente ventoso e a bicicleta nem sempre ia por onde lhe pedíamos, valeu-nos o peso dos alforges!!!

Do outro lado do rio o vento parecia ainda mais intenso ou pelo menos não ajudou quem progredia por estradões de lavoura,  naqueles que tem os rodados dos tratores bem desenhados na lama seca! Cansativo... mas que belo remate até chegar à Azambuja!


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Dia 3 - Azambuja - Peniche (Cabo Carvoeiro)
Distância: 101.85 km            Duração: 6h:26m:29s     Vel. Média:  15.8 km/h
Vel. Máxima: 52.9 km/h       Ascendente: 2255m       Descendente: 2243m

Lezíria, Serra e Mar - Do Ribatejo à Estremadura.

De todos os dias este era o que contava com uma maior dificuldade e ao mesmo tempo uma maior diversidade de cenários.  A saída da lezíria em direção à península de Peniche tinha um prémio de montanha, a serra de Montejunto!

As primeiras pedaladas na Azambuja já foram feitas debaixo de uns pinguitos... com muitas perguntas feitas ao oráculo da Net, o resultado era invariavelmente o mesmo - chuva para a última jornada, com tendência para não melhorar assim que chegássemos à vertente poente da serra de Montejunto.

De Azambuja até a Abrigada passamos por pastos magníficos com lindos cavalos e uma surpreendente zona de mata na envolvente a Base Aérea da Ota.

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É galharda a vila de Abrigada e tem um magnifico pano de fundo, a serra de Montejunto, que tem a quota mais alta da província da Estremadura. Como se previa a subida foi demorada... o peso dos alforges pedia paragens diversas dando oportunidade para apreciar paisagem a nascente da serra e tirar umas fotos aqui e outras mais além ... e pedir também por pouca chuva do outro lado da montanha! Assim não foi. Desde o momento em que chegamos ao antigo quartel de transmissões da FAP até Pragança, onde paramos para o reforço, foi sempre com chuva... não era muita é certo, mas não era de todo desejada e pedia ainda uma atenção redobrada no momento da descida da serra.

Passamos por Lamas em direção ao Cadaval, onde pouco antes da ZI desta localidade fomos forçados a improvisar um trilho no meio dos pomares e passar uma pequena vala com as bicicletas ao colo... sim, também houve disso :)

Sanguinhal, Bombarral, São Bartolomeu dos Galegos, lindos pomares, belas vinhas!... Que terras prodigiosas temos aqui na região oeste, é uma zona verdadeiramente encantadora e que merece outras visitas em BTT.  STOP!!! Muito tempo no mato pode fazer-nos esquecer que existem outros veículos nas estradas... susto, foi só um susto, mas há que ter isto SEMPRE bem presente. Pouco depois uma pequena paragem técnica para a substituição de umas pastilhas de travão numa das bicicletas.

O cheiro a maresia já quase se fazia sentir... durante toda a viagem os ânimos foram elevados, mas a proximidade da linha de costa despontou uma dose extra de adrenalina e a cadência do grupo aumentou! A passagem na linda barragem de São Domingos na Atoguia da Baleia e nos estradões até ao Baleal foram feitos a bom ritmo até que o vento nos parou... o vento e a paisagem que também teve esse efeito.
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O Cabo Carvoeiro é simplesmente espetacular, o enquadramento dos diversos fortes no rendilhado das escarpas daquela península, o casarío do Baleal, as Berlengas em pano de fundo e junto ao farol a emblemática nau dos Corvos, é  maravilhoso... 

O este último dia não foi dos mais simpáticos em contraste com os amenos dias anteriores!  A chuva esteve presente durante uma boa parte do percurso e o vento fez sentir-se na reta final e por isso não nos foi possível desfrutar das paisagens do alto da Serra de Montejunto, nem apreciar o recorte da linha de costa no Cabo Carvoeiro com a tranquilidade que desejávamos, mas outras oportunidades virão!
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Uma coisa foi certa, foram três dias de saudável convívio em muito boa companhia, cheios de variadas e intensas paisagens e inteiramente dedicados aquilo que mais gostamos de fazer, BTT ou melhor neste caso devia chamar-se, TBT - Trail Bike Touring... que venham mais aventuras como esta - com estes aventureiros ou com mais outros mas de igual calibre e bons amigos!!!!
1 Comentário
Paulo Lopes
9/5/2015 01:19:28

Bom dia,

parece ser um desafio interessante até porque inédito para mim, mas como já fiz este ano a Alcoutim-São Vicente, vou ficar por aqui ... talvez para o ano.
Abraço
JPLopes

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